terça-feira, 25 de maio de 2010

Você sabe que minha vontade é ficar te esperando não é? Por favor não me desaponte e diga que sabe.
O que tranquiliza meu ser é saber que ainda podemos ser amigos e, sabe, eu já me acostumei com essa dor. Eu já me acostumei com a frustração de mergulhar em seus olhos e, ainda sim, não conseguir te decifrar.
Ele esconde um mundo onde eu nunca conseguirei entrar... Esse mundo não é meu.
Eu sei que eu faço tudo errado e que tudo isso é apenas consequência de escolhas precipitadas. Alias, tudo é consequência.
Essas lágrimas que hoje percorrem meu rosto são consequências. São reações de mil pensamentos juntos e não saber como organiza-los. É confusão, é amor, e chega até ser um pouco de ódio.
O que me entristece e, isso eu não posso de jeito nenhum evitar, é pensar em como poderia ter sido. Você sabe. Nós dois.
Aquele pensamento de "E se..." atormenta todo mundo, eu sei.
E se eu não tivesse feito aquilo? E se eu tivesse feito?
Hoje não adianta nada. Será que é tão difícil pra colocar isso na minha cabeça?
"O que passou passou e não vai mais voltar. E já não há nada que você possa falar"

terça-feira, 18 de maio de 2010

Rosa Maria fechou o diário. Estava com sono. E, estranhamente, sentia um mal estar que raras vezes a incomodava. Um pouco de medo, não sabia de quê e, com absoluta certeza descobria um pouco de nojo em si mesma, nojo por ela - mais nojo que pena, mais medo que nojo. Não sabia definir, mas eram nojo, pena e medo, numa ordem e proporção que não podia - nem queria - estabelecer.
Começara a escrever o diário talvez para isso, contar ai tudo o que acontecia, o medo, o nojo e a pena. Mas começara a mentir para ela própria. Medo de quê? O nojo vinha ás vezes - mas ela achava que todo mundo era capaz de, um dia, por algum motivo, sentir do nojo de tudo. Pena - bem, ela já não perdia tempo em lamentar o que podia ter sido e o que não era. Sobrava o medo.

terça-feira, 11 de maio de 2010

1 Odeio o modo como fala comigo e como corta o cabelo.
2 Odeio como dirige o meu carro.
3 E odeio seu desmazelo.
4 Odeio suas enormes botas de combate e como consegue ler minha mente.
5 Eu odeio tanto isso em você, que até me sinto doente.
6 Eu odeio como está sempre certo.
7 E odeio quando você mente.
8 Eu odeio quando me faz rir muito, e mas quando me faz chorar.
9 Eu odeio quando não está por perto, e o fato de não me ligar.
10 Mas eu odeio principalmente, não conseguir te odiar.
Nem um pouco, nem mesmo por um segundo, nem mesmo só por te odiar.