terça-feira, 20 de julho de 2010

Me lembro de sorrir a cada palavra que você dizia. Me lembro de esperar ansiosamente pra te ver. Me lembro também de ver tudo isso desmoronar bem na minha frente.
Nunca fui de expor o que sinto pro mundo que julgo tão ignorante, não culpo as pessoas por muitas vezes (lê-se sempre) mentirem sobre seus sentimentos mas, pra que ir tão longe?
Meu mundo se resume a palavras que me perfuram, canções que me comovem... Paixões que nem me lembro mais, respostas que nunca acharei.
Meu mundo se resume a algo que sinto falta mas nunca vivi. Onde não me enxergo, mas consigo sentir.
Um lugar onde só eu sei que quanto mais digo que quero ir embora, é quando eu mais quero ficar.
Ou talvez não, talvez eu precise mesmo dar um tempo pra tudo isso.

Um comentário:

Dayher Gimenez disse...

Você escreve bem.

Aliás, tem uma essência poética significativa, com muito potencial para os versos, enfim, "criar" poesia, apesar de, ao que parece, se ater apenas à prosa. Conselho: use o talento que tem e tente, se quiser, desenvolvê-lo em poemas, pois, ultimamente, com excesso de técnica, falta filosofia nas letras. Eu tenho dito isso à muita gente. Tente que você não irá, com certeza, se arrepender.

Apenas uma observação: você tem uma aparente linha "melancólica", mesmo dissolvida em temas como amor, virtudes, alegria e afins... Talvez, por isso mesmo, acho que a versificação lhe cairia bem, posto que alinharia à uma marca de personalidade; mais do que pensem alguns, poesia é sim a concretização do "eu" interno/não-aparente...

É raro encontrar gente jovem, moça e dedica escrevendo, e, escrevendo bem.